segunda-feira, 2 de dezembro de 2013

Carlos Pestana promove encontro de formação política

No sábado, dia 30 de novembro, participei de um encontro de formação política organizado pelo Chefe da Casa Civil, Carlos Pestana. Na pauta foi posta a agenda eleitoral de 2014. O encontro contou com a participação dos principais dirigentes políticos do PT do Rio Grande do Sul, que debateram diretamente com representações regionais de todos os recantos gaúchos. Dirigentes políticos colocaram na agenda de Pestana o desafio de dar continuidade ao projeto em curso no Rio Grande do Sul em uma posição dentro do parlamento gaúcho. A proposta foi apresentada e sustentada por diversas lideranças gaúchas que avaliam que o trabalho de Carlos Pestana, após coordenar a vitória de Tarso Genro no Governo do Estado, deve fazer frente ao projeto político na Assembleia Legislativa.  

 Ary Vanazzi, presidente eleito foi aplaudido de pé pelos participantes do encontro. 
 Todos temos que ter a oportunidade de poder debater política.... hoje um amigo estava com o pé engessado, mas isso não foi obstáculo e ele pôde acompanhar um debate com as grandes ideias que norteiam e permeiam nosso cotidiano.... muitas questões postas na mesa..... saímos de lá com mais dúvidas do que quando entramos..... ampliamos as pautas de debates e percebemos que as dúvidas são os indícios de que estamos saindo do lugar..... assim como percebemos o movimento do trem ao olhar os postes estáticos que parecem passar por nós..... Glenio Alex Cruz e eu participamos de uma atividade que rendeu uma boa formação polícia.....
 A fala do Ary Vanazzi foi qualificada ao enfocar a disputa política posta no Rio Grande do Sul. Mas a graça veio da forma como o presidente eleito do PT colocou suas ideias. O gringo fez o plenário rolar de rir com seus exemplos criativos ao tempo que todos saíram muito bem informados sobre a disputa colocada na nossa agenda em 2014. 
 Raul Pont participou da atividade e contribuiu com sua experiência política. 




quarta-feira, 5 de junho de 2013

Dia Mundial do meio ambiente

Hoje é o dia mundial do meio ambiente......Em Alvorada estamos focados em torno do tema da gestão dos resíduos sólidos com responsabilidade ambiental e sustentabilidade. São os primeiros passos rumo a uma economia verde.....acompanhe nossa programação....
http://bit.ly/18NCsBR



domingo, 10 de fevereiro de 2013

Sobre as escolhas políticas e o uso da técnica para encobrir, com uma cortina de fumaça nossas desumanidades.....


Este texto escrito por Marcos Rolim eu quero copiar para o meu blog pessoal. Depois que minha se curou do câncer essa é a primeira postagem pessoal que faço. A profundidade desta mensagem justifica tudo, para além das superficialidades partidárias me uno ao apelo por uma reflexão dobre nossa civilização.




A ESCOLHA     
Marcos Rolim

Antes da última guerra mundial, Paul Valèry disse que a desumanidade teria um grande futuro. É possível que a frase siga sendo verdadeira. A tragédia de Santa Maria nos induz a pensar sobre o futuro; cabe a nós escolher se em termos de humanidade ou desumanidade. Há nas tragédias uma substância que nunca será dita. É impossível representar o horror porque a dor é, ao mesmo tempo, o mais radical e o mais inacessível dos sentimentos. Nos chocamos e nos enlutamos de várias formas, enquanto a indignação e o espanto cresciam. Mas é preciso lembrar – em respeito aos familiares das vítimas - que a dor que sentimos diante da dor do outro é outra dor.  Na medida em que nos identificamos com os que sofrem, experimentamos o absurdo de forma irreal, como em um pesadelo, bastando nos imaginar dentro do horror. O desespero, entretanto, é mais que o absurdo. Ele é o torpor diante do sem-sentido, a impossibilidade da palavra e a pergunta que nunca terá resposta: porque com meu filho? O que ocorreu em Santa Maria nos diz respeito pela proximidade, antes de tudo, cuja tradução é a certeza de que nossos filhos poderiam estar lá.  Talvez por isso, se a tragédia ocorresse em um asilo ou em creche da periferia, o impacto na opinião pública tenderia a ser menor. Se fosse na Fase ou em uma prisão, muito menor; o que se pode compreender, mas não aceitar. Em 2000, estive em Uruguaiana, na creche “Casinha da Emília”, onde um incêndio matou 12 crianças. Nas sete creches públicas da cidade só encontrei extintor em uma delas. No Presídio Regional de Santa Maria e na antiga FEBEM na capital, estive nas celas onde internos morreram intoxicados pela fumaça de colchões queimados. Nenhuma das recomendações feitas à época surtiram efeito.

Embora o mercado ofereça a opção de colchões não inflamáveis, adquirimos os outros, porque são mais baratos e ainda empregamos naquelas instituições trancas que, em caso de incêndio, dificilmente poderão ser abertas. A diminuição destes riscos é uma exigência técnica ou política? A resposta dos burocratas sempre irá se ancorar em “razões técnicas”, exatamente para que a razão política – em geral a inação – não seja identificada. Prevenir incêndios é uma tarefa política por excelência – no sentido de que exige a vontade de fazer e de tornar a tarefa prioritária - que se realiza na seleção de alternativas técnicas adequadas.


Em outro contexto, Adorno afirmou que “qualquer debate sobre metas educacionais carece de significado e importância frente a essa meta: que Auschwitz não se repita”. Tomo de empréstimo a passagem para sustentar que todo debate sobre o horror que não esteja submetido à meta de evitar sua repetição carece de significado. Depois do horror em Santa Maria, a política não poderá ser a mesma; pelo menos não no RS. Será preciso que sociedade e Estado construam compromissos verdadeiros de prevenção e que o tema do “cuidado com as pessoas” deixe de ser um slogan. As lições mais radicais do horror implicam em mudanças civilizatórias ou serão nada. A escolha, mais uma vez, será política, não técnica.