quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Tetris

Certamente o jogo de vídeo game “Tetris” é uma das metáforas mais apropriadas para explicar de forma simples as complexidades das relações humanas. Imagine que cada peça que cai em jogo em sistemáticas rotações comandadas pelo clique eletrônico acionado por um dedo que responde ao comando de um cérebro. Imagine que é o mesmo cérebro que comanda todas as demais relações do individuo com o meio, consigo mesmo e em seu habitat. Inclusive a idé

ia de si e de absolutamente tudo, se pensarmos que a concepção de idéia já é um produto regido pelo cérebro. A metáfora vem da ressignificação simbólica que atribuímos aos elementos do jogo. Constituímos assim o jogo dentro do jogo, princípio básico para pensar o pensamento. Caminho da reflexão, do colocar-se em questão. Portanto, o jogo dentro do jogo precisa de suas regras e seus novos significados.
Iniciamos pela peça. São as unidades simbólicas, que poderiam ser pessoas, porém o mais adequado seria a representação gráfica da relação com cada indivíduo no meu meio social. O clique que dou com o dedo para trocar a peça em jogo de posição é o esforço militante de construir a teia social. Na medida em que o jogador acerta os encaixes constrói relações entre as peças e essas tecem uma colcha de retalhos, que são as relações humanas.
Tive uma sequência enorme de desencaixes e tive que pausar a partida para pensar bem os próximos movimentos. Posso perder muito no jogo da vida. Perderia mais se estivesse fora da partida.

Nenhum comentário:

Postar um comentário