Amistosamente nos reunimos no final de semana com a Dona Inês, que preparou um almoço muito gostoso. Mais gostoso ainda foi preparar o almoço com a motivação da caipirinha recentemente liberada para todos nós. A caipira virou um fitoterápico a base de mel, limão e um coquetel alcoólico não identificado adquirido em um boteco da periferia urbana que não fecha no domingo ao meio dia, já que o estabelecimento é a extensão da residência do embriagado proprietário. Atendendo as recomendações médicas, Dona Inês segue ingerindo bastante líquido para se recuperar do recente tratamento de radioterapia e quimioterapia. Para contribuir com a ingestão de líquidos recomendada pelos médicos preparei a caipira. No início a bebida tinha muito limão, depois muito mel, depois...... não lembro mais se tinha limão ou mel.
A Natália se prontificou a experimentar e avaliar a qualidade da bebida. O problema é que depois que ela experimentava não restava outro caminho senão fazer outra, já que a caipira que eu fazia era a exata medida necessária para a Natália provar. Improvisei uma coqueteleira com um vidro de Nescafé grande vazio, então dei conta da demanda de consumo drasticamente reprimida naquela cozinha.
Após o almoço nos esticamos confortavelmente sobre a cama para assistir um pouco de televisão. Se houve algum momento na vida que eu tenha reclamado do marasmo de um final de semana quero desfazer a crítica, pois foi fantástico poder passar o domingo em família. A Ingrid e eu recentemente tínhamos concluído um trabalho sobre a colonização alemã, depois andamos de bicicleta e ainda compartilhamos a festa na casa da Dona Inês com o tio Heráclito. Ela ficou fascinada pela história da imigração alemã, principalmente depois que inseri ingredientes conhecidos ao remontar a história da nossa família no Rio Grande do Sul.