Charles Scholl
Diretor Geral de Comunicação
Social
Prefeitura de Alvorada
No sábado, dia 13, participei de uma
atividade que reuniu dois prefeitos, o de Alvorada e o de Viamão, para marcar a
superação de um impasse que se arrastava por mais de 20 anos. O momento que
marcava o início do funcionamento do semáforo na Presidente Getúlio Vargas, nas
mediações da parada 63, foi importante para os moradores, empresários e líderes
comunitários de Viamão e Alvorada. Foi um momento muito legal, de
felicidade e de comoção das famílias que perderam entes queridos naquele
perigoso entroncamento.
Ao divulgar em redes sociais a
atividade realizada naquele sábado pela manhã, eis que emergem manifestações
populares de pessoas de diversas partes da cidade criticando as administrações
municipais de Viamão e de Alvorada pelo ato público, por ser desnecessário.
Então vieram vários argumentos do tipo "tem coisa mais importante para
fazer no expediente". Detalhe é que no sábado não temos expediente. "Não
precisava fazer isso, porque não tapam os buracos da cidade". Bom uma
coisa não exclui a outra, procurei explicar que a cidade está fazendo um
esforço enorme para superar as dificuldades financeiras que se abatem por todas
as cidades gaúchas, especialmente em Alvorada que é um município em que as
restrições econômicas são as mais severas.
Foram mais de 150 colaborações de
indignação pelo ato de inauguração do semáforo. É evidente que temos
uma mensagem clara, de que os formadores de opinião e manifestantes virtuais se
perderam e caíram em sua própria armadilha. Correta a indignação pela restrição
de serviços e é digno e virtuoso que cidadãos se manifestem pela melhora na
qualidade do serviço público. No caso, temos um ato que marca a melhora na
qualidade do serviço público, na segurança das nossas vias, na superação dos
impasses que impediam uma solução daquele problema reivindicado pela comunidade
por mais de 20 anos. As reivindicações, nesse caso, demonstram uma
irracionalidade geral.
Por sorte temos gestores centrados e
capazes de discernir os movimentos políticos geradores de crises, das
manifestações de indignação descontextualizadas da realidade e das
manifestações populares coerentes. Em momentos de crise as escolhas foram as
mais acertadas. Primeiro se incidiu sobre a redução do salário do prefeito e
secretários, depois sobre a redução dos cargos em comissão e todos os
movimentos acompanhados de um aperto geral nos custos da Prefeitura, com
significativas otimizações de espaços e reduções de aluguel. Porém, se os
repasses constitucionais da União e do Governo do Estado não forem feitos ao
município, Alvorada é uma das cidades gaúchas que mais sofre com isso. Existe
uma grande dependência de recursos externos para a manutenção da cidade.
Para se ter uma ideia mais clara
sobre a situação econômica e autonomia do município, tomando por números
absolutos, a Prefeitura de Alvorada arrecadou em 2015 com o IPTU, mais a taxa
do lixo o valor de R$ 8.446.924,00, num total do orçamento que fechou em R$
281.777.805,06, segundo o Portal da Transparência . O valor pago pelo IPTU na
cidade não paga um terço da conta do recolhimento do lixo. Todo o restante
é pago com recursos externos. Por isso, valorizamos cada centavo economizado e
a Administração não mediu esforços para viabilizar grandes empreendimentos, a
exemplo do Shopping, que certamente afetará essa proporção positivamente para a
comunidade alvoradense.
A energia aplicada nas manifestações
que trouxeram melhora para a comunidade demonstram a necessidade de uma
reflexão por parte dos internautas. Nesse caso valem as perguntas: será que é
muito difícil suportar a felicidade do outro? se de fato temos tantos
problemas, estou resolvendo eles ao atacar o que está sendo feito da forma
correta? se estão afirmando que existe uma demanda de mais de 20 anos o
incompetente é quem resolveu o problema? Fiquem com as respostas, não me
surpreendo com mais nada.