Participei da cerimônia de final de ano do calendário
chinês, em uma atividade organizada pelo Rinponche no templo budista em Três
Coroas. Naquele dia 8 de fevereiro fiquei sabendo que este período seria o ano do macaco defogo. Bom, pelas explicações dava para compreender que isso significava uma
fase de grandes mudanças em todos os cenários. Hoje, ao observar uma
polarização que relembra o clima da guerra fria do século passado que deixa a
realidade cotidiana um clima de constante violência, vejo oportuno lembrar que
estamos no ano do macaco de fogo. Não sei muito sobre esse calendário, mas
percebo que as palavras de Rinponche relembradas hoje pareciam estar nos
preparando para essas mudanças. Não só pareciam, mas de fato prepararam.
Também é
importante lembrar que ouvir nunca é demais. Despir-se das
certezas te dá a possibilidade de se deparar com a verdade. Existem muitos
ciclos em pleno curso que cercam toda nossa realidade. Existe a física
quântica. Existe nosso universo observável de 13,7 bilhões de anos luz. Tenho ciência
de parte disso. Uma realidade que me assopra ao ouvido mensagens desse mundo,
que sinto em minha epiderme, que percebo pelo perfume presente no ar, que
degusto e salivo mesmo sem experimentar. Que vejo com a luz, ou a falta dela ao
imaginar. Vivemos o ano do macaco de fogo e sentimos sua intensidade, que
sedimenta pelo nosso testemunho essa fagulha de vida com alguma noção de existência.
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