terça-feira, 4 de outubro de 2016

Macaco de Fogo

Participei da cerimônia de final de ano do calendário chinês, em uma atividade organizada pelo Rinponche no templo budista em Três Coroas. Naquele dia 8 de fevereiro fiquei sabendo que este período seria o ano do macaco defogo. Bom, pelas explicações dava para compreender que isso significava uma fase de grandes mudanças em todos os cenários. Hoje, ao observar uma polarização que relembra o clima da guerra fria do século passado que deixa a realidade cotidiana um clima de constante violência, vejo oportuno lembrar que estamos no ano do macaco de fogo. Não sei muito sobre esse calendário, mas percebo que as palavras de Rinponche relembradas hoje pareciam estar nos preparando para essas mudanças. Não só pareciam, mas de fato prepararam. 

Também é importante lembrar que ouvir nunca é demais.  Despir-se das certezas te dá a possibilidade de se deparar com a verdade. Existem muitos ciclos em pleno curso que cercam toda nossa realidade. Existe a física quântica. Existe nosso universo observável de 13,7 bilhões de anos luz. Tenho ciência de parte disso. Uma realidade que me assopra ao ouvido mensagens desse mundo, que sinto em minha epiderme, que percebo pelo perfume presente no ar, que degusto e salivo mesmo sem experimentar. Que vejo com a luz, ou a falta dela ao imaginar. Vivemos o ano do macaco de fogo e sentimos sua intensidade, que sedimenta pelo nosso testemunho essa fagulha de vida com alguma noção de existência.


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