sexta-feira, 7 de outubro de 2016

Prisma midiático

O Willian Waack anunciou no Jornal da Globo, na noite desta quarta-feira, 06 de outubro, o congelamento dos gastos públicos por 20 anos. Então ele disse que isso aconteceu porque os governos gastaram demais. Sugerindo os governos de Lula e Dilma. Em consequência não terá mais ProUni, Fies, SUS, CLT, entre outros direitos sociais que foram conquistados no último século. 
Ele não disse que o dinheiro que falta na conta que fez está sendo entregue às multinacionais que financiaram o golpe contra a democracia no Brasil. O petróleo não é mais brasileiro e o pré-sal, que financiaria a educação e a saúde, não chegará ao povo brasileiro. 
Podemos pensar que isso seria motivo suficiente para gerar uma revolta popular. Só que não. Eu tomava o ônibus hoje pela manhã, quinta-feira 07 de outubro, em Esteio rumo a Alvorada e na parada uma senhora espumava ódio contra o Lula o chamando de ladrão que roubou tanto ao ponto de falir o Brasil. 
Então eu entendi um pouco mais sobre a fragilidade da nossa democracia. Eu devia ter desconfiado que o golpe seria possível quando foi aplicado contra a prefeita de Gravataí, Rita Sanco. Ali se produziu a maior injustiça política possível contra uma mulher honesta. Depois, com a mesma tecnologia, foi feito contra a Dilma.  
Interessante é que os golpistas são os mesmos, do mesmo partido, do mesmo grupo interno do PMDB. Nas antigas conhecíamos como o grupo do Eliseu Quadrilha. Um apelido que revela a natureza de sua honestidade. Hoje é ministro e contribuiu muito com o golpe contra a democracia brasileira. A maior vítima desse golpe é o povo brasileiro, mas ele está anestesiado pelas novelas e envenenado pelo Wiliam Waack. Espumam de ódio e se comportam como zumbis, ou viciados em crack, que se corrompem por 50 reais por voto. Mais miséria, mais fome, mais ignorância, mais dependências, mais caridade, mais corrupção. Bem vindos ao Brasil do futuro. Me resta a insurreição e por isso eu disse tudo isso para essa senhora na parada de ônibus.

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