A
FUP – Federação Única dos Petroleiros, fez um movimento nacional
extraordinário, sob a perspectiva de uma estratégia de levar uma mensagem ao
povo brasileiro. Lançaram uma greve de 72 horas. Pediram a saída de Pedro
Parente e a mudança na política econômica da Petrobras, apontando ser a
verdadeira responsável pelas altas de combustíveis. A perspectiva apresentada
pelos petroleiros promoveu um constrangedor contraponto ao governo Temer, ao
mercado e sua assessoria de imprensa chamada Rede Globo. Os petroleiros
disseram que não basta reduzir por três meses o valor do diesel ao custo de
recursos de programas sociais, pois o motivo do preço é outro. O governo disse
que atendeu todos os objetivos da pauta do movimento dos caminhoneiros, que
focava somente o valor do diesel.
Nesse
contexto que entra a greve dos petroleiros. Logo o Superior Tribunal do
Trabalho julgou a greve como ilegal por não requerer questões trabalhistas, mas
ideológicas. Os aparatos policiais foram postos em postura de guerra para
manter a política econômica, os altos preços dos combustíveis e os interesses
dos investidores, que estão ganhando com o dinheiro a mais que nós pagamos na
gasolina. Pelo governo, eles colocaram as forças policiais contra nós e
corromperam os poderes Judiciário e Legislativo. O Poder Legislativo já estava corrompido por
grupos econômicos internacionais, por meio de financiamentos de campanha
eleitoral. O Judiciário entrou publicamente para o grupo de corruptos após a
fala de Jucá, que antecipou, em síntese, todos os acontecimentos importantes do
golpe “envolvendo o supremo e tudo....”.
O
conteúdo editorial da rede globo sustentou o acordo do diesel e transformou
seus heróis caminhoneiros em bandidos que estavam bloqueando as estradas em
menos de duas horas. Os movimentos que sucederiam o acordo eram criminosos e
políticos, pois defendiam interesses partidários, segundo as mensagens dos
telejornais. A massa logo aderiu a ideia, mas ficou uma leve lembrança de que
continuarão a pagar a gasolina e o gás mais caros, mas decidiram ver o que ia
acontecer. Uma das principais coisas foi o movimento da FUP e a denúncia da
política econômica. Sem adesão popular, com exceção de alguns pironaltas
dementes que decidiram gritar qualquer coisa envolto de bandeiras e assoprar
vunvuzelas, os petroleiros decidiram fazer algo diferente. Decidiram promover
uma Aula Pública na Refap para falar sobre o tema e explicar o que está
acontecendo. Eu participei da aula e vou relatar os conteúdos em um próximo
artigo. O movimento derrubou o Parente, mas os jornais mostram que Ivan
Monteiro, que assumiu seu lugar é fiel defensor da política entreguista. Todo
mundo está falando da política econômica, que demonstra que os Petroleiros
acertaram na estratégia. Agora todos dependemos da capacidade de discernimento
das pessoas.
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