sexta-feira, 29 de maio de 2009
Crise na economia gaúcha
A crise econômica internacional afetou o Brasil, que estava em pleno crescimento econômico. A divulgação do PIB brasileiro no quarto trimestre de 2008, feita pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), revelou o tamanho da desaceleração do crescimento econômico brasileiro. O país vinha crescendo a taxas superiores a 6% nos três primeiros trimestres daquele período, enquanto que o quarto trimestre registrou um crescimento de 1,3% - uma queda significativa. A inflexão econômica internacional refletiu, além do Brasil, na economia gaúcha. O Índice Trimestral de Atividade Produtiva (ITAP), elaborado pela Fundação de Economia e Estatística (FEE), aponta que após crescer 5,9% no primeiro trimestre de 2008, teve uma queda de 3,7% no período de outubro e dezembro de 2008 em relação ao mesmo período de 2007. Os setores que mais encolheram foram o da metalurgia, química e calçados. O setor da indústria foi o mais atingido e tanto para os trabalhadores de Esteio, quanto para o setor produtivo da cidade, que é basicamente industrial, os números são preocupantes. O ponto que mais fragilizou o desempenho industrial foi o setor de exportações, que apresentava uma redução de 1,1% no primeiro trimestre de 2008 e com o agravamento da crise a redução alcançou 14,5% no quarto quadrimestre. Os veículos automotores e os calçados foram os mais atingidos com a redução da exportação. As perspectivas para 2009 apontam para a continuidade da crise, pois a queda na produção industrial seguiu em janeiro, com uma contração de 20,3% em relação a janeiro de 2008. O comércio retrocedeu 4,7% no mesmo período. O volume das exportações diminuiu 31,0% nos dois primeiros meses deste ano. Ainda é cedo para saber o tamanho da crise e seus reflexos no período de 2009.
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