sexta-feira, 29 de maio de 2009
Cenário para a economia mundial em 2009
A crise financeira iniciada em meados de 2007 tende a se desdobrar em uma crise econômica de grandes proporções. Duas ideias foram sepultadas com o desenrolar da crise. A primeira delas dizia respeito à possibilidade de uma crise contida no setor financeiro, em especial dos países desenvolvidos. A segunda sustentava a hipótese de um deslocamento entre as economias desenvolvidas e em desenvolvimento, com a crise dos países desenvolvidos sendo contida pelo dinamismo dos países em desenvolvimento, com ênfase aos países asiáticos e em especial à expansão da economia chinesa, que daria sustentação à economia mundial. A extensão da crise se revelou com os números do PIB mundial no quarto quadrimestre de 2008, mostrando que a crise da economia mundial estava tão integrada quanto a financeira. A retração da economia mundial deu-se especialmente no setor de imóveis e automóveis. Por consequência, gerando uma incerteza econômica sobre as projeções de demanda às dificuldades de novos financiamentos, afetando também as decisões de investimento. Por conta disso, os bens de capital tendem a seguir a retração projetando seus efeitos para o futuro. Os dados mais recentes apontam para uma situação mais complexa e difícil na economia mundial, com a duplicação das taxas de desemprego nos Estados Unidos, impedindo qualquer estimativa mais otimista para o primeiro semestre de 2009. Especialistas apontam que as soluções não são possíveis com meros ajustes fiscais e monetários aplicados isoladamente por cada nação. Em decorrência da integração da economia global, a soluçãos para essa crise passa por uma ação conjunta entre os países. Os norte-americanos, por ainda fazerem parte da mais forte economia do Planeta, poderiam liderar uma virada de mesa e relançar as bases para uma retomada futura da economia mundial.
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