domingo, 17 de dezembro de 2017

Origem. De onde vem a motivação?

A ideia da origem motivacional da filosofia é algo que pode remontar uma prática de pensar o pensamento, o que leva a pessoa a tomar tais posturas e o que de fato emana das profundezas da alma humana. Por apreço pessoal, abordo as motivações presentes e manifestas nos filósofos Platão e Aristóteles. Seu modo de pensar clássico, que valoriza a admiração, permite melhor compreensão sobre o tema, tendo em vista a complexidade que se agrega em torno dos filósofos seguintes, como Epicuro e Augostinho, que compreendem a busca da felicidade como força motriz para a filosofia. Ou, Descartes, que compreende a dúvida sistemática como a origem motivacional, até mesmo Karl Jaspers que agrega a experiência dos limites e o amor tornando algo ainda mais complexo.

Para Platão a origem motivacional da filosofia está na capacidade que a pessoa tem de se admirar com a existência. Pois para que a pessoa possa se admirar com algo é preciso a humildade de reconhecer que não sabe e alguma motivação que lhe arranca da ignorância e lhe leva em busca do saber. Então, suas origens motivacionais apontam que o filósofo está entre os sábios e ignorantes. Os sábios já não se admiram diante de seu conhecimento. Os ignorantes também não se admiram por nada saber. A escolha do filósofo é permanecer no meio destes dois extremos, já que o filósofo não se cansa de admirar e isso lhe motiva a pensar. Como lembra Aristóteles, quem experimenta a dúvida e a admiração reconhece que não sabe.

Já pensou suas origens motivacionais? Lhe dou um motivo para isso, conhece-te a ti mesmo, diria Sócrates. 

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